No âmbito do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente, foram entregues mais 19 chaves a outras tantas famílias do concelho de Tondela. Para o presidente da Câmara Municipal, este ato representou “o virar de uma página e o início de um novo tempo”. Na reta final de reconstrução estão agora apenas seis das habitações destruídas pelos incêndios de outubro de 2017, cujas chaves serão entregues nos próximos dias.
“Estes quase dois anos foram de sofrimento para muitos, mas também para nós, com grande angústia e ansiedade. Ansiedade para vermos o dia de hoje chegar”, apontou emocionado José António Jesus, ao recordar os 242 processos recebidos que resultaram no envio de 174 para apreciação na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro CCDR-C, que aprovou apoios para 121 habitações, sendo 54 reconstruções de raiz e 67 de intervenção parcial.
“É indiscutivelmente o concelho que está no topo daqueles que maior calamidade viveram. Ninguém sabe o quanto este processo foi difícil e tudo o que se fez foi serviço público, para recuperar de uma tragédia como não havia memória”, evidenciou o presidente da Câmara de Tondela, ao reconhecer que ao longo deste período “muita coisa ficou para trás”. No entanto, esta “tinha de ser a prioridade”, concluiu José António Jesus.
O momento serviu ainda para deixar um agradecimento muito sentido a todos os que contribuíram para este virar de página. Nomeadamente aos colaboradores do Município de Tondela, da CCDR-C, empresas envolvidas na operação e, em especial, à presidente da (CCDR-C), Ana Abrunhosa. Que fez questão de sublinhar também os méritos de José António de Jesus no andamento de todos os processos.
“No meio da desgraça, os habitantes deste concelho tiveram a sorte de ter um presidente de Câmara e um executivo que pôs mãos ao trabalho. Sem o seu empenho pessoal e da sua equipa magnifica, não teríamos chegado até aqui”, reconheceu Ana Abrunhosa.