Espetáculos de teatro, recitais de poesia, oficinas de figurinos, encenação e produção, clubes de leitura, e encontros-debate a decorrerem até ao final do ano, que fazem do projecto CRETA, lançado pelo Teatro da Cidade, “uma pedrada no charco” no panorama dos eventos culturais em Viseu, como o considerou, na apresentação, o vereador da Cultura da Câmara Municipal, Jorge Sobrado.
Para o mentor e criador, Guilherme Gomes, recentemente distinguido pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) como autor do melhor texto para teatro em 2018, o CRETA assume-se como “um laboratório de criação teatral, isto é, um lugar de experimentação e descoberta”.
Para além de atores locais, o projecto CRETA, financiado pelo programa «Viseu Cultura» em 50 mil euros, convida criadores que não estão sediados em Viseu a dialogar com a cidade. Nomeadamente através do segundo recital de poesia dedicado às palavras de Bernardim Ribeiro, em Setembro, da presença em Viseu da companhia de teatro Primeiros Sintomas de Lisboa, no mês de Outubro, com o espetáculo “A História Assombrosa de Como o Capitão Michel Albam Perdeu o seu Braço”, e do Polo Cultural das Gaivotas e Espaço Alkantara, que orientarão uma Oficina de Produção.
Em Dezembro estreiam-se duas criações de CRETA: “lamento de ĉiela”, com texto e encenação de Guilherme Gomes; e “Península”, uma criação de Sofia Moura.
“Foi a pensar em projetos como este, com novas ideias, novos programas e novos protagonistas, que se fez o «Viseu Cultura», reforçou Jorge Sobrado, para quem o CRETA traz a Viseu uma frescura que contribui para “tirar o teatro do lugar cristalizado em que injustamente é colocado”.