Com um investimento previsto de quase 4,6 milhões de euros e um prazo de execução de 560 dias, está lançado o procedimento concursal do novo Centro de Operações de Mobilidade de Viseu (COMV). A empreitada vai aproveitar os três pisos das obsoletas instalações da actual Central de Camionagem, numa área de 15.167 metros quadrados. Passará a agregar todos os serviços de transportes públicos e está prevista a intermodalidade, integrando-o na rede de mobilidade suave, e assegurando a sua ligação aos diferentes modos complementares de transporte (autocarros eléctricos e rodoviários, táxis, trotinetes eléctricas, bicicletas e rede pedonal).
“Vamos construir um equipamento funcional e moderno numa zona central da cidade, de fácil acesso a todos os utilizadores de transportes públicos”, fez notar o Presidente da Câmara, Almeida Henriques, aquando da aprovação do projecto pelo executivo camarário. Um projecto que, segundo lembrou o autarca, tinha prevista no PDM uma outra localização para este equipamento, junto à Cava de Viriato.
O edifício vai ficar dotado de rampas rolantes e elevadores, pavimento tátil para utilizadores invisuais, sistema de painéis fotovoltaicos que permitirá compensar os gastos diários com a energia utilizada no funcionamento do equipamento, e todas as zonas serão climatizadas com painéis electrónicos informativos.
O novo Centro de Mobilidade terá uma ilha central virada para os transportes urbanos de Viseu e boxes para o transporte intermunicipal. “Será um autêntico terminal rodoviário, dos mais evoluídos do mundo”, sublinha Almeida Henriques.
A decorrer em duas fases, a primeira arranca na zona de estacionamento, nas traseiras do edifício, com capacidade para 190 viaturas ligeiras, permitindo que o atual equipamento continue a funcionar. O novo interface terá condições para a operação dos diferentes agentes interurbanos, intraurbanos e internacionais de transportes públicos.
No mesmo edifício, será também instalado o novo Centro de Operações para a Mobilidade de Viseu (COM Viseu), uma peça fundamental na mobilidade sustentável do concelho, onde estará centralizada a coordenação e controle de trânsito e tráfego. Será também responsável pela gestão da rede de mobilidade suave, dos sistemas de bike‐sharing e car sharing, do sistema «demand responsive transport» (transporte a pedido) e pela coordenação dos serviços de gestão do estacionamento.
Com a criação deste dispositivo, pretende-se melhorar a rede de interfaces dos transportes públicos coletivos de passageiros em meio urbano (interfaces de transportes públicos como terminais de autocarros), enquanto se promove a organização funcional do Centro de Operações para a Mobilidade de Viseu e a sua inserção urbana no território.
“Reforçar a utilização do transporte público urbano coletivo de passageiros e dos respectivos modos suaves, assim como implementar medidas tendentes à redução das emissões de gases poluentes, são alguns dos objetivos subjacentes a este novo projeto”, conclui Almeida Henriques.
MUV TRAZ DESCONTOS, MAIS CARREIRAS E NOVOS MINIBUS
Na apresentação do MUV – Mobilidade Urbana de Viseu, sistema que entrou em funcionamento na última segunda feira (2 de abril), Almeida Henriques confirmou o lançamento do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos. “Isto significa que os utilizadores poderão usufruir de uma redução do valor do passe entre 23% (linhas periurbanas) a 25% (linhas urbanas).
“Depois de o Governo ter anunciado o apoio às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, fui a primeira voz a insurgir-se contra a desigualdade face ao resto do país. Congratulo-me com o facto de me terem ouvido e alargado a comparticipação dos passes sociais a todo o território”, refere o Presidente da Câmara Municipal de Viseu.
O MUV abrange um concelho com 500 quilómetros quadrados, com uma população de cem mil pessoas. “Com a entrada em vigor dos novos horários de transportes urbanos, ajustados à medida das necessidades”, entramos também numa nova era da mobilidade em Viseu. Quer seja para as escolas, para as zonas industriais, ou até mesmo para o lazer”, garante Almeida Henriques.
Com este novo sistema de transporte público, nascem 3 novas linhas: uma até à freguesia de Silgueiros e duas em circuito urbano.