Reabilitação do IP3 arranca com sistema inteligente de segurança

Julho 15, 2018 | Região

O primeiro-ministro, António Costa, esteve presente esta semana no lançamento da empreitada de requalificação do troço do IP3 (a via que liga Viseu a Coimbra), entre os nós de Penacova e Lagoa Azul, junto ao nó de Raiva, no distrito de Coimbra. Na mesma cerimónia foi aberto o concurso para a duplicação da via, com perfil de autoestrada, nos troços de Souselas a Penacova e entre a Lagoa Azul e Viseu. O investimento total de 134 milhões de euros deverá ficar concluído em 2022, altura prevista para a requalificação total do actual itinerário.

Uma das novidades será a introdução de um sistema inteligente de informações ao condutor, com base numa rede wireless, que permitirá o acesso a informações tão variadas como alertas de acidentes, limites de velocidade, piso escorregadio e condições atmosféricas, entre outras. Este projecto está a ser desenvolvido pela Infraestruturas de Portugal. O ministro do Planeamento, Pedro Marques, considera que o “IP3 inteligente pode ajudar a salvar vidas”.

Na mesma linha, o primeiro-ministro considerou que o projecto agora lançado consubstancia “mais do que uma obra para reduzir o tempo de deslocação entre Coimbra e Viseu (…), uma obra fundamental para salvar vidas”. António Costa realça estar-se perante uma acção “para reforçar a coesão interna e melhorar a competitividade externa da região centro”.

O investimento total de 134 milhões na beneficiação do IP3 – a via de ligação a Coimbra onde já morreram cerca de 200 pessoas (17 nos últimos 5 anos) -, vai desenvolver-se em duas fases. A primeira, considerada a mais crítica e onde não será possível a duplicação, localiza-se entre os nós de Penacova e da Lagoa Azul. Os trabalhos irão decorrer entre 2019 e 2020. O orçamento é de 15 milhões de euros.

A segunda fase, de duplicação e requalificação dos troços entre o nó de Souselas e o de Viseu, deverá começar no final de 2020 e terminar em 2022. Na prática, significa que 85 por cento da estrada de 75 quilómetros será duplicada. O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, coloca algumas reservas ao cumprimento destes prazos. A futura via não terá pagamento de portagens. Quando concluídos os trabalhos, o percurso entre Viseu e Coimbra far-se-á em 43 minutos. Actualmente os condutores demoram 65 minutos em média para o fazer.

O ministro do Planeamento anunciou, nesta cerimónia, o investimento previsto de 600 milhões de euros em obra de mobilidade na região centro, nomeadamente nas Linhas da Beira Alta e da Beira Baixa. E o lançamento do concurso do sistema de mobilidade do Mondego, com um investimento calculado em 90 milhões de euros.

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