Penalva reclama financiamento para obras no Agrupamento de Escolas

Fevereiro 16, 2018 | Região

O presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo do Castelo, Francisco Carvalho, considera que a desertificação do interior do país só pode ser invertida com mais investimento na Educação. Por isso pediu ao Governo um financiamento urgente para obras no Agrupamento de Escolas que, em sua opinião “está longe de reunir as condições mínimas para o seu funcionamento”.

Na qualidade de anfitrião e aproveitando a presença na Feira do Pastor e do Queijo de João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e Desporto, Francisco Carvalho lembrou que a intervenção no Agrupamento de Escolas “só depende do despacho da Secretaria da Educação” e pediu ao secretário de Estado para sensibilizar a tutela a acelerar o processo. O governante prometeu transmitir ao ministro as preocupações do concelho de Penalva do Castelo.

A Feira Festa do Pastor e do Queijo de Penalva do Castelo ficou marcada por muitos elogios da Autarquia, que saudou a coragem de todos quantos, apesar das dificuldades inerentes a um território de baixa densidade, continuam a dar o seu contributo à dinamização da economia local, recusando que este concelho, como outros nas mesmas condições, continuem a ser “as traseiras do litoral”.

A mesma preocupação foi partilhada por João Paulo Rebelo, que discorda da acentuada dicotomia litoral/interior, sendo que este último, tal como é caracterizado, “tem grandes problemas que urge resolver”. Reconheceu, no entanto, que o actual Governo “tem dado sinais importantes para mostrar que a intervenção nestes territórios de baixa densidade é uma prioridade”.

A Feira do Pastor e do Queijo de Penalva do Castelo contou, na 27ª edição, com mais de meia centena de expositores, entre os quais sobressaiam os queijeiros. Que, apesar das dificuldades ditadas pelo clima, se esforçaram para mostrar aos visitantes o que de melhor se produz no concelho no que ao Queijo Serra da Estrela diz respeito. O certame contou ainda com a presença de produtores e engarrafadores de vinho, da maça Bravo de Esmolfe, do mel, das compotas, dos enchidos e de toda uma panóplia de produtos endógenos que são complemento à economia familiar que caracteriza a região.

“Se não tivéssemos na actividade turística a capacidade de ter produtos endógenos com estas características, seguramente não teríamos tantos turistas a virem a esta região, nem tantos motivos de interesse para contribuir para o seu sucesso”, afirmou a propósito Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal.

Adelina Martins, directora Regional da Agricultura do Centro, saudou a promoção dos produtos endógenos do território, do qual é exemplo o Queijo Serra da Estrela, classificando-os de ex-libris com potencial de atracção turística. Defende, no entanto, que é necessário que os produtores continuem a apostar na Certificação, essencial a nível nacional, e como garantia de qualidade para os turistas.

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