Teatro Viriato prolonga residência de artistas de um para 4 anos

Janeiro 16, 2018 | Cultura

João Fiadeiro, Joana Craveiro e Henrique Amoedo serão os primeiros artistas residentes a trabalhar no Teatro Viriato ao longo dos próximos quatro anos, como forma de estabelecer com eles uma relação “mais consequente para todos”. “Decidimos que um era pouco e projectámos esta relação para quatro anos”, anunciou a directora, Paula Garcia, na apresentação da programação para os primeiros três meses de 2018.

João Fiadeiro, coreógrafo da geração que deu origem à Nova Dança Portuguesa, vai dedicar-se à dança contemporânea e ao pensamento, enquanto Joana Craveiro, directora artística do Teatro do Vestido, vai “trabalhar sobre a identidade e a memória da cidade”. A Henrique Amoedo cabe dar continuidade ao projecto de criação em Viseu do primeiro núcleo do grupo «Dançando com a Diferença», de que é fundador e director.

As novidades para esta temporada passam ainda pelo arranque do ciclo «Noite Fora», que visa o envolvimento de artistas residentes em Viseu que têm uma relação muito próxima e trabalham em coprodução com o Teatro Viriato. São os casos de Sónia Barbosa, Jorge Fraga e Guilherme Gomes, que vão participar na organização de encontros abertos ao público para a leitura em voz alta de textos literários. “É um projecto que, ao logo dos próximos quatro anos, vai permitir, em cada edição, convidar encenadores ou actores a escolher um texto para ler, em conjunto com o público, num formato muito acolhedor”, concretizou Paula Garcia.

Nos próximos quatro anos, o Teatro Viriato vai também convidar criadores nacionais com teses de doutoramento na área das artes, a fim de partilharem essa investigação com o público. Para este primeiro trimestre estão asseguradas já as presenças de Júlio Pereira, que conversará com João Luís Oliva. À conversa vão estar também músicos da banda Mão Morta, dirigida pela associação Fora de Rebanho.

Jorge Sobrado, vereador da Cultura, que participou na apresentação do programa do Teatro Viriato para os próximos três meses, manifestou-se “satisfeito com os projectos anunciados” para os próximos quatro anos que, em seu entender, têm todos os ingredientes para “renovar a capacidade de atracção de novos públicos”.

 

ESTREIA NACIONAL A 8 DE FEVEREIRO

A um ano de completar 20 de actividade regular, e numa temporada recheada de 25 espectáculos, conversas e exposições, destaca-se, a 8 de Fevereiro, a estreia nacional do espectáculo «Vader», dos belgas Peeping Tom, considerada uma das mais conceituadas companhias de dança europeias. A temporada do Teatro Viriato abre a 19 de Janeiro, com a apresentação do novo trabalhado de Júlio Pereira «Praça do Comércio».

Na área da dança, sobe ao palco, a 24 de Março, a coreografia «Síndrome», da Companhia Olga Roriz. De regresso a Portugal, a 11 de Março, está também a coreografia de Ivana Muller Partituur, direccionada para crianças e famílias. Estreada em 2011, a peça apresenta-se em Viseu no âmbito da digressão europeia da artista de origem croata, baseada em França.

«Por amor!», de Patrícia Portela, em cocriação com Leonor Barata e a participação especial de Sónia Baptista e de Thiago Arrais (1 e 2); «As Cidades Invisíveis» (15 e 16 de Fevereiro), de Alex Cassal; e «Um D. João Português», de Luís Miguel Cintra (26 e 27), são espectáculos agendados apara Fevereiro.

Seguem-se «Sopro», de Tiago Rodrigues (2 e 3 de Março), uma peça que o Teatro Nacional D. Maria II estreou o ano passado no Festival Avignon; e Pangeia (7 e 8 de Março), de Tiago Cadete.

Na Música, destaque para o jazz de Ricardo Toscano e de João Paulo Esteves da Silva (2 de Fevereiro), com a trompetista e compositora Susana Santos Silva (28 de Março) e com o rock da banda Mão Morta (17 de Março).

«Mundo Interior» é o espectáculo de novo circo das Companhias João Garcia Miguel e O Último Momento, marcado para 24 de Fevereiro.

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