A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Báltica vai ficar instalada em Viseu, no edifício do antigo Governo Civil. Conquistar novos mercados para as pequenas e médias empresas portuguesas da região, e captar para o país, sobretudo para Viseu, investimentos provenientes da Estónia, Lituânia e Letónia e, também da Rússia e países nórdicos, são os objectivos.
Criada em 2011, e actualmente em fase de reactivação “depois de um período de crise económica muito complicado”, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Báltica tem como presidente Jorge Antas de Barros. Um viseense que, enquanto antigo cônsul da Lituânia em Portugal, “desempenhou um papel importante junto dos três estados bálticos, não só para a reactivação daquele organismo, mas também para que este ficasse instalado em Viseu”, como reconheceu o embaixador da Estónia em Portugal, Andres Rundu.
Na sessão de apresentação do mercado da Estónia aos empresários de Viseu, inserida no workshop «Viseu Investe» promovido pela AIRV e Câmara Municipal, Andres Rundu garantiu que a partir de agora estão reunidas as condições para que Estónia e Portugal intensifiquem as suas relações comerciais. E garantiu: “o nosso foco será sempre Viseu em termos de prioridades de investimento”.
Jorge Antas de Barros sublinhou que o mercado báltico não se limita aos três estados que integram a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Báltica, que vêem Portugal como “uma porta aberta para todo o mundo da lusofonia”, sobretudo Brasil, Angola e Moçambique. “Temos de nos aperceber de todas as relações que existem em termos comerciais, quer da Letónia, Estónia, ou Lituânia, em relação a mercados periféricos, como o russo e os nórdicos”, concluiu.
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Báltica desafiou os presidentes da AIRV, Carlos Marta, e da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques a “apadrinharem” a criação de uma agência internacional que defenda e promova os interesses económicos desta região”.
“Há em Viseu um conjunto de projectos em andamento capazes de atrair investimento e fixar pessoas. Somos um território com potencialidades, ao nível das melhores cidades médias, que exporta, no seu conjunto quase dois biliões de euros”, sublinhou o presidente da Câmara de Viseu Almeida Henriques, que destaca os sectores do automóvel, agroalimentar e metalomecânica, para além da estratégia que está a ser seguida na consolidação de um cluster na áreas das smart cities (cidades inteligentes).
Carlos Marta saudou a instalação em Viseu da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Báltica, e alertou para a necessidade de as pequenas e médias empresas da região encontrarem novos caminhos para a colocação dos seus produtos. “Apesar de a região ter tido a capacidade de dar a volta à situação nestes anos de crise e de responder aos desafios que foram surgindo, há pequenas e médias empresas que necessitam urgentemente de novos mercados”, concluiu o presidente da AIRV.