Duas estreias e uma coprodução no Teatro Viriato

Fevereiro 1, 2017 | Cultura

A nova temporada do Teatro Viriato, que decorre entre Janeiro e Março de 2017, levará ao palco criadores como Fausto Bordalo Dias, Maria João, José Pedro Gomes, Mickäel de Oliveira, Marco Martins, Wim Vandekeybus e Martin Zimmemannn, entre outros. A programação arranca este sábado, às 21,30 horas, como o concerto “Trilogia” de Fausto Bordalo Dias. E ficará marcada por duas estreias nacionais: Luís Guerra, com o espectáculo de dança “A Tundra” (2 de Fevereiro), e Sónia Barbosa, com a  peça de teatro “Ivan ou a Dúvida”, (4 de Fevereiro). Outra novidade é o regresso, como Artista Residente, do coreógrafo Henrique Amoedo que “irá desenvolver um trabalho de formação no sentido de fomentar competências críticas e criativas”, anuncia Paula Garcia, directora do Teatro Viriato.

“De janeiro a março, teremos uma programação intensa, que toca todas as artes performativas. É uma programação que apresenta duas estreias nacionais, uma criação própria, que continua a privilegiar as residências artísticas, que toca as questões das parcerias locais e nacionais e que aposta na internacionalização”, explicou Paula Garcia, na conferência de imprensa a que esteve também presente Odete Paiva, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, que fez questão de sublinhar “a qualidade” da programação da nova temporada.

Sobre as estreias. Em “A Tundra”, Luís Guerra tem como ponto de partida um convite feito à sua avó para integrar a coreografia na companhia de dois bailarinos e um actor. A peça promete “um poema musical coreografado”. Já Sónia Barbosa debruça-se, em “Ivan ou a Dúvida”, sobre as temáticas e o percurso de Ivan Karamázov, personagem da obra “Os Irmãos Karamázov”.

Outros destaques da programação: “Filho da Treta” (26 e 27 de Janeiro), da Companhia de António Machado, com Zezé e Toni, versa as famílias de hoje, as redes sociais, os refugiados “e outras pragas que assolam o mundo”; A companhia Trupe dos Bichos propõe uma experiência que leva o público até à Grécia Antiga (8 a 11 de Fevereiro); a companhia Última Vez, do coreógrafo Wim Vandekeybus, traz a Viseu Speak low, if you speak love (15 de Fevereiro); os Fã prometem (25 de Fevereiro) um musical infanto-juvenil mas que se destina a todos os públicos.

A 3 de Março, o jovem encenador viseense Michäel Oliveira leva à cena “Constituição”. É a primeira vez do jovem criador no palco de Viseu. Num trabalho em que um grupo de actores se propõe escrever uma nova constituição “mais moderna e que revê todos os princípios que regem o estado”.

O Teatro Viriato tem vindo a afirmar-se no panorama nacional como uma das estruturas de programação mais conscientes da importância da área do novo circo. Por isso, em parceria com a Culturgest e com o Centro Cultural Vila Flor, o Teatro Viriato acolhe aquele que é considerado um dos génios desta área na Europa. Martin Zimmermann apresenta o seu extraordinário solo Hallo a 15 de Março. Songs for Shakespeare sobem ao palco a 18 de Março pela voz da cantora Maria João no âmbito do colectivo Ogre.

A fechar a temporada, a peça “As Criadas”, com encenação de Marco Martins (25 e 26 de Março), num elenco que integra atrizes como Beatriz Batarda, Luísa Cruz e Sara Carinhas. Uma peça imperdível realizada em coprodução com o Teatro Viriato.

Entre muitas outras actividades, nomeadamente formativas, destaca-se ainda a exposição do fotógrafo José Alfredo, no foyer do Teatro Viriato, entre 21 de Janeiro e 31 de Março.

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