«Viseu Arena» abre em 2018

Novembro 3, 2016 | Região

Construído em 2003 no Campo de Viriato, o Pavilhão Multiusos será o «Viseu Arena» a partir de Julho de 2018. Os trabalhos de reconversão, upgrade técnico e restyling global do espaço deverão ficar concluídos até final de Julho de 2017, passando Viseu, um ano depois, a dispor de uma sala de espectáculos com capacidade para quatro mil pessoas, e para acolher, em velocidade cruzeiro, entre 15 a 20 eventos culturais por ano. A reconversão representa, para o Município, um investimento de 2,5 milhões de euros, montante a candidatar a fundos comunitários.

Com um horizonte temporal de cinco anos, o acordo de cooperação estabelecido a semana passada entre a Câmara Municipal, Viseu Marca, e o Arena Atlântico – a sociedade gestora do Meo Arena –, vai permitir à cidade ter “uma influência regional relevante no contexto da realização de grandes eventos e espectáculos, contribuindo para a promoção de Viseu enquanto polo cultural relevante na Região Centro e enquanto destino turístico”.

Para Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal, o «Viseu Arena», vai colocar a cidade no mapa nacional e ibérico da oferta de espectáculos culturais, “passando mesmo a ser o «fiel da balança» entre Lisboa e Porto, graças à sua localização estratégica no centro do país. E representa, ao mesmo tempo, “uma resposta até agora inexistente na cidade, nomeadamente em termos de eventos de empresas e de congressos, lacuna esta que será colmatada com um investimento relativamente pequeno, face àquele que teria de ser feito para construir um edifício de raiz” assegura ao autarca.

“Neste momento, os apoios comunitários não permitem este tipo de obras, e a Autarquia não se pode abalançar a gastar 25 ou 30 milhões de euros para fazer um Centro de congressos ou a Casa da Dança, como eu gostaria”, reconhece Almeida Henriques.

O acordo de cooperação entre as três entidades envolvidas no Viseu Arena atribui à Câmara de Viseu a responsabilidade pela requalificação do espaço em termos de infraestrutura e a nível tecnológico e de segurança, nomeadamente a criação de requisitos acústicos adequados, aumento da capacidade de bancadas, beneficiação estética e térmica do edifício, construção de novos sanitários, camarotes e zonas de bar, melhoria das condições de acolhimento, circulação e acessibilidade, adopção de um sistema de segurança, de ventilação e controlo de acessos, entre outras obras.

A Arena Atlântico compromete-se a colaborar activamente no processo de elaboração de projectos para a requalificação do Multiusos, construção de um modelo de exploração, gestão e marketing, apoio à programação com espectáculos e média e grande dimensão, estabelecimento de patrocínios e parcerias, implementação de um sistema de bilhética e controlo de acessos, dispondo-se ainda a participar no futuro contrato de parceria entre as partes.

A Viseu Marca garantirá uma promoção activa na promoção do Viseu Arena, disponibilizando-se para integrar uma solução local de gestão e exploração do equipamento com recursos humanos qualificados, em termos a contratualizar, contribuindo ainda para a captação de eventos corporate de dimensão adequada e de patrocinadores e sponsors, com a criação de um plano de negócios até que o investimento seja autossustentável.

“Numa análise feita ao mercado, concluímos que há oferta a Norte e a Sul, mas não há no Centro do país. E é aqui que Viseu se posiciona, não só do ponto de vista cultural, mas também do ponto de vista turístico”, sublinha Almeida Henriques, para quem este projeto, ao permitir cobrir os vários tipos de eventos culturais, desportivos, gastronómicos, e sociais – “levará, seguramente, ao aumento das dormidas e dos negócios neste território”.

“Com o Viseu Arena pronto, a ambição ao nível dos espetáculos é maior. Podemos, inclusive, voltar a pôr Viseu na rota das revistas nacionais, trazer uma ópera, um grande concerto, ou uma companhia nacional de bailado. Para além de um aumento das competências locais, estimulando o aparecimento de várias actividades, nomeadamente na montagem de palcos e de iluminação, catering, eventos complementares e multimédia ”, conclui Almeida Henriques.

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