A Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) anunciou, em Mangualde, um investimento de mais 14 milhões de euros para dar continuidade à recuperação ambiental das minas abandonadas neste concelho. Com um investimento global que ascende aos 22 milhões de euros, a intervenção em Mangualde representa “a segunda maior no âmbito do programa da recuperação das minas abandonadas”, garante o presidente da EDM, Rui da Silva Rodrigues.
As intervenções começaram em 2001 com a realização de um conjunto de estudos e de projetos, aos quais se seguiram as obras nas áreas mineiras de Espinho e da Cunha Baixa e da Freixiosa. Em 2017 está prevista também a conclusão da intervenção em Póvoa de Cervães.
Entre a Câmara Municipal de Mangualde e a EDM, foram também já assinados, com a presença do secretário de Estado da Energia, três protocolos de cedência, nomeadamente da antiga área mineira de Espinho ao Corpo de Intervenção em Operações de Proteção e Socorro (CIOPS) para treino de cães de busca e resgate, do sistema de distribuição de águas da Cunha Baixa (que permitirá regar cerca de 10 hectares de terrenos) e de um edifício para que a Junta de Freguesia da Cunha Baixa aí instale um centro interpretativo da atividade mineira da região.
“A exploração das minas ajudou a economia, mas deixou um grande passivo ambiental, sendo fundamental agora que os espaços sejam aproveitados, depois de devidamente reabilitados, para a agricultura, actividades da proteção civil e também para o turismo”, sublinhou o presidente da Câmara de Mangualde.
João Azevedo aproveitou a oportunidade para pedir ao secretário de Estado da Energia, que se mostrou receptivo, “o carinho necessário, para que seja possível colocar Mangualde na rota do turismo mineiro. Esta questão do guião é fundamental não só para trazer pessoas para o concelho, mas também para promover e preparar pedagogicamente a história daqueles espaços que tiveram essa mais-valia na riqueza do país”, concluiu o autarca.