A Câmara de Viseu aprovou, por unanimidade, o lançamento do concurso municipal de apoio a projetos culturais e criativos, no âmbito do programa “Viseu Terceiro” para o ano 2017, que irá manter o orçamento de meio milhão de euros. Nas normas de acesso aprovadas são fixados objetivos, prioridades e critérios de apoio.
Para esta edição, que completa três anos consecutivos, foram introduzidas novas regras de participação. Uma delas diz respeito à possibilidade de serem pré-aprovados neste concurso projetos plurianuais, ainda que seja condicionada a aprovação da sua programação anual específica.
Outra evolução respeita à autonomização das linhas de financiamento para projetos consolidados e projetos novos ou emergentes. Os primeiros contam com um orçamento de 300 mil euros; os segundos com uma verba de apoios de 200 mil euros. As candidaturas podem ser apresentadas a partir da publicação da aprovação do concurso, ainda este mês, por forma a que todo o processo fique concluído até meados de Dezembro.
O programa municipal «Viseu Terceiro» visa estimular a produção de projetos independentes em áreas-chave da programação e criatividade culturais do concelho, estimulando ainda a formação artística de talentos e de novos públicos.
Segundo Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu, o «Viseu Terceiro» “é hoje um modelo de financiamento transparente, regular e com sentido estratégico no desenvolvimento criativo e cultural local, e favorece um planeamento consistente da agenda de eventos com potencial turístico”.
O financiamento municipal será, no máximo, até 65% do valor total do projeto, competindo a cada um dos produtores obter os apoios restantes, quer através do mecenato, quer das receitas das produções.
Almeida Henriques revelou também a introdução de algumas “propostas de melhoria” ao programa. Nomeadamente a obrigatoriedade da estreia no concelho de Viseu de qualquer dos projetos aprovados, que nenhum projeto pode ser duplamente financiado pela Autarquia, e a penalização de projetos aprovados mas não executados nesse mesmo ano. Neste caso, explicou o autarca, “durante dois anos não pode ser aprovado nenhum projeto à entidade penalizada”.