“Sem falsa modéstia», a programação para a nova temporada (Setembro a Dezembro) no Teatro Viriato, é “óptima, equilibrada, e consegue conciliar o local com o internacional. As propostas para teatro são todas de topo”, garante o director, Paulo Ribeiro, que promete nesta área momentos “do melhor que se está a criar no país”.
Na apresentação do programa à comunicação social, Paulo Ribeiro destacou a estreia absoluta, de 21 a 25 de Outubro, de «Viajantes Solitários», uma recolha de histórias de vida e de estrada apresentada pelo Teatro Vestido a partir de uma ideia do Teatro Viriato (TV) e da empresa de transportes «Patinter», de Mangualde; o regresso a Viseu de Ricardo Pais, um dos fundadores do Viriato e artista incontornável e icónico do teatro português, com a peça «Meio Corpo» (8 a 11 de Outubro), e as presenças de Tónan Quito com o projecto «Um Inimigo do Povo» (2 e 3 de Outubro) e de Gonçalo Waddington com «Albertine, o continente celeste» (7 de Novembro).
Também na sétima arte, o TV aposta, ao longo desta temporada, numa das colaborações mais fortes com o Cine Clube de Viseu, desde a estreia de um filme musicado («O Navegante»), a 15 e 16 de dezembro, passando pela carta-branca dada ao realizador João Botelho, até ao espectáculo de Lanterna Mágica (15, 16 e 17 de Outubro). “São várias as formas de estar desta parceria, que agora ganha uma dimensão maior, tendo em conta o assinalar dos 60 anos desta colectividade”, justifica Paulo Ribeiro.
Em relação à dança, o destaque vai para a mostra «New Age, New Time» (21 a 28 de Novembro), que recebe pela primeira vez a exibição de um vídeo-coreográfico que surge de um projeto do coreógrafo RomulusNeagu. “Damos um passo em frente. Deixamos de apresentar apenas coreógrafos emergentes e passamos também a apresentar coreógrafos consagrados”, reconhece o director do TV, que sublinha ainda a presença da Companhia Nacional de Bailado com uma obra que ele próprio criou no ano passado. Integrada na temporada está também a peça que o coreógrafo está a criar para os 20 anos da Companhia Paulo Ribeiro.
Na área da música, Joana Gama irá presentear o público viseense com «Viagens na Minha Terra» (28 de outubro), um recital de piano comentado no qual interpreta duas obras para piano de autores portugueses: Viagens na Minha Terra, de Fernando Lopes-Graça e Lume de Chão: Tecidos de memórias e afetos, do compositor Amílcar Vasques-Dias.
O mês de Dezembro inicia com dois concertos distintos, em termos de reportório e de influências, de dois colectivos que estão ligados à cidade de Viseu. O grupo «A Presença das Formigas» (4 de Dezembro), largamente reconhecido pela imprensa especializada, dá a conhecer os seus dois discos, que reúnem composições que combinam elementos da música tradicional e popular portuguesa com jazz, música erudita e músicas do mundo. Na senda da parceria entre o Teatro Viriato e a editora GiraDiscos, o colectivo «Cabeça de Peixe» (9 de Dezembro) lança o seu primeiro disco, em que o rock é o estilo condutor, mas cujas composições são também influenciadas por outras estéticas como o jazz, a música tradicional e étnica.