Quase três décadas depois, o Rallye de Mangualde está de volta. A primeira edição vai para a estrada a 26 de Setembro, concretizando assim, depois do Todo-o-Terreno e das bicicletas, “um sonho há muito acalentado” pelo Clube Dá Gás, colectividade que, a par da ARC Sport, apoia localmente a organização cometida à Câmara Municipal e ao Clube Automóvel da Marinha Grande.
Integrado no Master Ralis Sprint Centro, o I Rallye de Mangualde vai utilizar, depois de uma primeira super especial de 1,5 km. na cidade (13 horas), um troço de 9 quilómetros em alcatrão na freguesia de Chãs de Tavares, com três passagens, que culminarão com uma segunda super especial bem no coração de Mangualde (17.30).
Luís Amaral, do Clube Dá Gás de Mangualde, reconhece que “não foi fácil escolher no concelho um troço com o enquadramento técnico exigido”, mas congratula-se pelo facto de ver agora em vias de concretização um “momento” em que esta colectividade “sempre apostou”, e um desafio que a Câmara Municipal e o Clube Automóvel da Marinha Grande (CAMG) acolheram de braços abertos.
“Há razões históricas, económicas e sociais, que sustentam o apoio e o envolvimento da Autarquia no regresso deste Rallye a um concelho que tem como grande referência, a nível nacional e internacional, o automóvel e a logística. Nesse contexto, entendemos que Mangualde tem de ter um papel determinante no desporto automóvel, razão pela qual foi possível arranjar forma e engenho para concretizar este projecto, sem que isso coloque em causa a política de investimentos do Município”, assegura o presidente da Câmara, João Azevedo.
Segundo o autarca, o Rallye de Mangualde “tem futuro”, mas sublinha, em jeito de apelo aos concelhos vizinhos, que esta é uma prova que “deverá ter dimensão a nível regional e nacional”, a exemplo do que acontece com o Grande Prémio do Dão em ciclismo, uma prova que conta com a adesão dos municípios de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo. “Já estabelecemos contactos nesse sentido, acrescenta João Azevedo, para quem este projecto, “se for potenciado em rede, representará, possivelmente, um bom investimento da região no turismo ibérico“.
Luís Cardoso, presidente do CAMG, estima a presença de 30 carros e pilotos num rallye que, pelas suas características, “permite a entrada de todos carros” na prova e, consequentemente, uma afluência de centenas de entusiastas a Mangualde.