Viseu cria 700 postos de trabalho em dois anos

Agosto 2, 2015 | Economia

Os números não enganam. Em 2014 e 2015, muito por via da política de estímulo ao investimento económico em marcha no Município de Viseu, foram criados, ou estão em vias disso, 700 novos postos de trabalho. Foram ainda salvos mais de 70 que estavam ameaçados. Uma realidade que poderá, segundo a autarquia, ser exponenciada com a abertura do Programa “Portugal 2020”.

Os novos postos de trabalho criados e/ou garantidos resultaram de projectos de investimento assumidos em 2014 e 2015 e de unidades de indústria, comércio e serviços em fase de instalação ou expansão. Tal é o caso do novo Hospital Privado de Viseu (160), ampliação da Casa de Saúde (100), nova unidade do Pingo Doce (70), BIZ Direct (150), Academia Visabeira (30), TCS (80), Lojas criadas no centro histórico, Palácio do Gelo e Forum Viseu (100) e AKI (25 novos postos de trabalho). Com o investimento da Pampilar na criação da Papeleira São Mateus, além de novos empregos qualificados, serão salvos mais de 70 postos de trabalho que estavam ameaçados.

No início do mandato em curso, o executivo viseense assumiu uma série de compromissos através do Programa «Viseu Primeiro» 2013/2017. Intenção deste programa, promover um conjunto de iniciativas em ordem à promoção do investimento produtivo, da atracção e fixação de actividades económicas e, consequentemente, a criação de emprego sustentável.

Vários instrumentos foram criados e lançados de forma a materializar o propósito de desenvolvimento económico do concelho de Viseu. Um deles, de primordial relevância, foi o Gabinete do Investidor. “É hoje uma peça estrutural e organizada na interlocução com empresas e investidores. Porque o investimento e o crescimento das empresas, grandes ou pequenas, novas ou já radicadas, não são indiferentes ao Município”, afirma Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu. Desde a sua criação, esta estrutura acompanhou 265 processos empresariais, dos quais 254 estão concluídos. Em complemento, foi criado, em parceria com instituições do sector, o Gabinete de Apoio ao Agricultor.

Outro instrumento relevante, o Viseu Investe, passou a disponibilizar incentivos financeiros ao investimento empresarial e à criação de emprego. “De forma transparente, adoptamos critérios que rompem com quaisquer discricionariedades ou decisões casuísticas. Introduzimos inovação, atractividade e previsibilidade nesses apoios, que se traduzem numa devolução de parte ou de todos os impostos, licenças e taxas municipais cobrados aos investidores”, explica ainda o autarca. Refira-se, a propósito, que todos os investimentos contratualizados em 2015, estão em condições de aceder a estes incentivos. Ainda no ano em curso, estão isentas de derrama as novas micro e pequenas empresas e todas as que criem cinco empregos.

A agenda económica definida para o Município de Viseu levou à criação do primeiro órgão de diplomacia autárquica em Portugal: o Conselho da Diáspora. Uma estrutura integrada por empresários portugueses que tem por missão promover a «cidade região» no mundo dos negócios, mas também do turismo e da cultura. Segundo Almeida Henriques, “estes embaixadores estão a abrir portas, em diversos mercados, aos nossos empresários”-

A dinamização/expansão dos parques empresariais de Coimbrões e Mundão, são outro argumento em ordem à captação de investimento. “O Município não tinha qualquer terreno infraestruturado para acolher indústria. Estamos a investir na criação de uma oferta de solo industrial qualificado. Resolvemos a nossa participação na GestinViseu”, acrescenta Almeida Henriques.

Nos últimos meses foram feitos acordos para a instalação de empresas em três lotes no Parque Industrial de Mundão, bem como feito o acordo para a fixação de projeto de expansão industrial na zona que estava por lotear. Está concluído o projecto para a expansão do Parque Industrial de Coimbrões, onde várias dezenas de novos lotes permitirão acolher novos investimentos.

A política de estímulo ao investimento económico passa também pelo Centro Histórico de Viseu e pelo desígnio da sua revitalização. “Desde a nossa tomada de posse, 55 edifícios e propriedades foram transacionados, revelando uma nova dinâmica de procura que ronda os 5 milhões de euros. (Nos anos 2009 a Outubro de 2013 foram transacionados 49)”, reforça o edil viseense. Entre essas, estão as obras de reabilitação de sete edifícios no âmbito do programa “Reabilitar para Arrendar”, destinadas para habitação e serviços.

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