«Viseu Rural» valoriza produtos da terra

Fevereiro 27, 2015 | Economia

“Valorizar os produtos da terra e melhorar a vida nas aldeias”, é o objectivo do programa «Viseu Rural», já discutido na reunião do Conselho Estratégico para ser levado à próxima Assembleia Municipal, a decorrer no final deste mês. “É um programa criado e desenvolvido com a totalidade dos agentes no terreno, desde a Estação Agrária até à Comissão Vitivinícola Regional do Dão e Escola Superior Agrária, envolvendo inúmeras personalidades ligadas ao sector agrícola, no sentido de conseguirmos criar uma plataforma, uma rede, uma parceria para as questões rurais”, explicou aos jornalistas, no final da reunião, o presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques.

Sustentado em três eixos fundamentais (intervenção rural, vinhos e competitividade), o programa «Viseu Rural» pretende, segundo o seu coordenador, Alfredo Simões, “resolver questões de curto-prazo, tendo como pano de fundo a coesão e competitividade da região no sector agrícola”. “Sendo Viseu um concelho eminentemente urbano, assume aqui também a sua ruralidade, ficando bem preparado para o ciclo de fundos comunitários que agora começa”, acrescentou Almeida Henriques.

Em fase de consulta e debate público, e com um horizonte de vigência para uma década, o documento síntese elaborado e discutido pelo Conselho Estratégico, aposta nas potencialidades de desenvolvimento dos sectores agroalimentar, florestal e turístico, bem como nas capacidades das populações rurais, criando desta forma uma dinâmica económica em todas as freguesias. Não só através do aproveitamento de alguns edifícios para promover a incubação de empresas (em equação está a possibilidade de instalar uma mini-incubadora no mercado municipal), mas também do acesso a financiamento. Um conjunto de instrumentos que, se forem bem potenciados, “podem puxar pela agricultura e aliciar jovens a fixarem-se na região com projectos agrícolas”.

Na mesma reunião, o presidente da Câmara de Viseu anunciou que o Município, “sem pretender substituir-se às entidades e ao Governo”, assume o compromisso de criar um fundo de microcrédito, ao qual serão alocados cem mil euros de capital da autarquia. Este fundo vai ter duas linhas: “uma virada para a agricultura e outra para a dinamização do centro histórico”, garantiu Almeida Henriques.

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