Com uma nova imagem, programação multidisciplinar, e “novidades absolutas constantes”, O Cine Clube de Viseu assinala este ano o 60.º aniversário. As actividades são desenvolvidas em parceria com diversas estruturas da região e do país, como o Teatro Viriato, a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema, Museu Grão Vasco, IPDJ, Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), e delegação de Viseu da Ordem dos Advogados.
“É um programa que aprofunda a divulgação de cinematografias pouco vistas, organizadas por ciclos temáticos a exibir até ao mês de Dezembro, com filmes escolhidos por directores das várias fases da vida do Cine Clube de Viseu, que dará resposta ao enorme interesse por parte do público, com actividades diversificadas para vários públicos, escolas, famílias, apreciadores de música e de artes plásticas”, sublinha a direcção.
O primeiro filme a exibir, escolhido por Joaquim Alexandre Rodrigues (membro dos corpos sociais desde 1981 e presidente da direcção em 1991) será “Vermelho”, de Krysztof Kieslowski (1994), já no dia 24 deste mês. Seguir-se-ão, ao longo do ano, as escolhas de António Ribeiro de Carvalho, Conceição Matos, José Fernandes, Hélio Teixeira, entre outros.
No âmbito da parceria estabelecida com Rede Europeia Anti-Pobreza de Portugal e a Ordem dos Advogados, com sessões para o público em geral e para as escolas, o ciclo de cinema programado para Abril é dedicado aos direitos humanos, com destaque para «O sal da Terra», realizado por Wim Wenders e Juliano Salgado em 2014.
“Pretendemos evidenciar o que o Cine Clube de Viseu consegue fazer de verdadeiramente diferenciador na cidade e na região”, refere Rodrigo Francisco, da direcção. “Garantiremos, neste ano, à imagem da história desta colectividade, que Viseu continua a pertencer ao conjunto de cidades com acesso a um panorama audiovisual de referência. Seja em contextos educativos ou para o público em geral, mantendo a aposta na importância de um trabalho de base”, acrescenta a direcção presidida por Sofia Almeida Ferreira.
Com a estreia de um filme português, Viseu acolherá, entre 5 e 9 de Maio, uma extensão do IndieLisboa — Festival Internacional de Cinema Independente. De Junho a Dezembro, haverá espaço para a reflexão sobre o cinema, com conferências ligadas ao cinema e à crítica. Entre Setembro e Dezembro realiza-se um curso sobre «Vanguardas e estéticas no cinema», destinado a todos os interessados na exploração do cinema do ponto de vista pedagógico.
Em Outubro, numa parceria com a Cinemateca Portuguesa e o Teatro Viriato (sala onde o Cine Clube de Viseu promoveu a primeira sessão de cinema), o destaque vai para a presença em Viseu de Mervyn Heard, vindo especialmente de Londres, com o espectáculo de Lanterna Mágica. “Uma proposta irresistível, trazida do século XIX para os nossos dias por um dos raros lanternistas da actualidade”.
No último trimestre do ano, estará patente no Museu Grão Vasco uma exposição de pintura de Luís Troufa que abordará o universo do realizador russo Andrei Tarkovski. E para 16 de Dezembro, dia em que é comemorado o 60.º aniversário, está a ser preparada a estreia de um filme musicado ao vivo.