Secretário de Estado garante ferrovia em Viseu

Julho 29, 2014 | Região

Reclamada há décadas, desde que foram desactivadas as linhas do Dão e do Vale do Vouga, Viseu vai ter, finalmente, uma ligação ferroviária. Ou através da requalificação e modernização da Linha da Beira Alta, ou através de uma nova ligação entre Aveiro, Viseu e Vilar Formoso, um corredor que segundo o presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, “reúne o consenso generalizado no centro-norte do país”.

“Independentemente da modalidade a seguir, a decisão está vertida no Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas, e será uma realidade dentro deste quadro comunitário de apoio”, garantiu em Viseu, na cerimónia de inauguração das obras de requalificação do Aeródromo, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

Em resposta a uma das reivindicações relacionadas com as acessibilidades a Viseu, apresentadas pelo presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, no pressuposto de que a atractividade do território “depende em larga escala de uma boa rede de transportes de pessoas e mercadorias”, o governante garantiu que a ligação ferroviária está apenas a aguardar pela conclusão, do ponto de vista prático, da discussão sobre a “alternativa técnica a adoptar e respectivo impacto económico, sem esquecer os constrangimentos orçamentais”.

 IP3 EM PERFIL DE AUTOESTRADA

Já em relação à também reclamada ligação rodoviária a sul, Sérgio Monteiro sublinhou que o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas, “depois de auscultados os agentes económicos” sinalizou como “mais prioritária” a ligação Viseu/Coimbra através da transformação do IP3 numa via com perfil de autoestrada, devidamente portajada.

“Uma vez mais, a decisão tem de ser tomada em função dos interesses dos agentes económicos e das populações. Nenhum governo vai impor por decreto uma solução a uma região que tem uma voz tão activa e importante como a região Centro e a cidade de Viseu”, justificou Sérgio Monteiro, que não descarta, no entanto, a possibilidade de “ajustar essa decisão” a outra alternativa “com melhor impacto junto dos cidadãos e dos interesses económicos da região”.

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