A Câmara Municipal de Viseu “não está globalmente de acordo” com o encerramento das 11 escolas do primeiro ciclo que constam da lista divulgada pelo Ministério da Educação. Seis, pelo menos, terão de continuar de portas abertas. E, quanto às restantes, a autarquia já avisou que o seu eventual fecho terá de ser dialogado com a tutela, agrupamentos e juntas de freguesia. Tudo para que seja encontrada a melhor solução para os alunos abrangidos e garantido “o direito à educação” em todas as freguesias.
“Em relação a cinco escolas poderemos estar de acordo para encontrar uma plataforma que leve a encontrar espaço de acolhimento para os alunos, mas tendo sempre em linha de conta o que dizem os pais, agrupamentos e juntas de freguesia. Não deixaremos encerrar mais nenhuma escola”, avisou Almeida Henriques, no final da primeira reunião do Conselho Municipal de Educação.
O autarca confirmou a proposta do Ministério da Educação em ordem ao encerramento de 11 estabelecimentos do 1ºciclo do ensino básico e sublinha o “excelente clima de diálogo” que tem marcado as negociações entre as partes. Apesar disso, e de reconhecer que os estabelecimentos de ensino a encerrar têm entre três e oito alunos, promete procurar “pontos de equilíbrio” com as famílias e professores.
“Pelo menos em cinco dessas escolas entendemos que, do ponto de vista do limiar de alunos, poderão ter de ser encontrados pontos de entendimento, mas sempre numa lógica de diálogo aberto, para encontrarmos soluções do ponto de vista dos transportes e complementos de horários”, sublinha o autarca para quem “isto não são coisas para decidir nos gabinetes do Terreiro do Paço”.
As cinco escolas que, segundo Almeida Henriques, “estão dentro dos parâmetros” que podem ditar o seu encerramento (têm entre três a oito alunos), localizam-se em Boaldeia, Vil de Soito, Lages, Corvos e Orgens. “Não deixaremos encerrar mais nenhuma”, acrescenta.
No final da reunião do Conselho Municipal de Educação, Almeida Henriques anunciou que o Município irá investir oito milhões de euros nesta área, três milhões dos quais para obras que concorram para a melhoria das condições existentes nas salas de aula. “É um esforço financeiro relevante na beneficiação da rede escolar”, reconheceu. O autarca revela, a título de exemplo, a substituição da cobertura em amianto da Escola da Ribeira, a ampliação da Escola Básica e Jardim de Infância de Santiago, e a construção do Centro Escolar Viseu Estrela.