Os municípios de Tondela, Vouzela, Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, e a Turismo Centro de Portugal assinaram na Câmara Municipal de Vouzela um protocolo para implementação do Caminho de Santiago, no âmbito de uma estratégia de reforço do turismo religioso.
O protocolo estabelece o compromisso dos cinco municípios de elaborarem, até novembro, o traçado oficial do Caminho Português de Santiago pelo interior, que terá cerca de 100 quilómetros, com ligação ao já conhecido Caminho Principal. No traçado constarão todas as informações úteis, com indicações dos pontos de interesse a serem visitados nas localidades limítrofes ao Caminho. Deste projecto faz também parte a recuperação de um edifício, em Albergaria, com a finalidade de se transformar em albergue de apoio aos peregrinos.
Os municípios envolvidos ficam ainda responsáveis pela conservação, limpeza e sinalização do traçado, bem como pela sua promoção nacional e internacional, em parceria com a Turismo Centro de Portugal, com recurso a uma candidatura a fundos do próximo do QREN. Rui Ladeira, presidente da Câmara Municipal de Vouzela, e anfitrião da cerimónia, realça a vontade dos autarcas envolvidos em “investigar o contexto e todo o conteúdo técnico dos Caminhos de Santiago”, ressalvando, entretanto, que se não houver enquadramento comunitário, “há vontade dos municípios de assumir as despesas, a sinalização e toda a informação”,
O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, lembrou que a repercussão deste tipo de investimentos não é facilmente mensurável, pois “há um conjunto de investimentos que, não sendo facilmente avaliados, trarão implicações a montante no desenvolvimento económico e, acima de tudo, em territórios de baixa densidade”, afirmou, sublinhando que muitos dos impactos acontecerão fora dos principais centros das cidades e das vilas.
Na sua intervenção, o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, considerou que “a assinatura deste protocolo casa na perfeição num calendário em que o turismo religioso em Portugal é efetivamente um produto turístico”.