Três empresas de Tondela vão ampliar os seus negócios, num investimento total de 18,3 milhões de euros, apostadas em lançar e/ou consolidar a sua presença no país e nos mercados internacionais. Ligados à panificação, congelação de pescado e produção de louça metálica, os projetos vão permitir a criação de mais de duas centenas de postos de trabalho. Carlos Marta, presidente da Câmara de Tondela, e Leonardo Mathias, secretário de Estado adjunto da Economia, apadrinharam a cerimónia em que este investimento empresarial foi tornado público.
O administrador da Gialmar, Gilberto Coimbra, cuja empresa vai investir seis milhões de euros na unidade de congelação de pescado do Botulho (Tondela) e criar 125 postos de trabalho diretos e indiretos, quer consolidar o processo de internacionalização e avançar para Leste. O empresário reconhece que é ousado investir em tempos de crise, mas garante que “é preciso acreditar para que tudo se torne realidade”.
A Joaninha, uma marca de sucesso no ramo da panificação (padaria e pastelaria), vai gastar 6,2 milhões e criar 50 postos de trabalho. Joaquim Lourenço, administrador da empresa, de raiz familiar, aposta numa nova linha de promoção e já tem parceiros em vários países europeus, nomeadamente Espanha e França, para colocar os seus produtos de doçaria.
Tiago Gil, da Bodum, anunciou a ampliação das instalações em Tondela, garantindo que o investimento de 6,2 milhões (2,8 da comparticipação do IAPMEI) vai criar 49 postos de trabalho e permitir a fabricação de produtos de louça de vidro e metálica e outros, de modo a competir nos mercados internacionais.
O secretário de Estado adjunto da Economia, Leonardo Mathias, saudou a ousadia das empresas de Tondela, considerando que os investimentos anunciados serão fundamentais para ajudar a “economia nacional a ultrapassar uma das mais graves crises” que o país atravessa. O governante fez ainda questão de sublinhar a capacidade de Tondela e das suas gentes, para “atrair investimento e fixar empresas e talentos.
A Câmara de Tondela, que acompanhou todo o processo burocrático inerente aos três projetos de investimento, fez questão de destacar a capacidade de trabalho das empresas e empresários envolvidos. “O mérito é todo das empresas”, afirmou o autarca Carlos Marta, que fez questão de realçar a “visão estratégica” de quem decide arriscar “e acreditar que é possível vencer a crise”.