Nunca uma programação do Teatro Viriato teve uma “plataforma tão alargada de estreias”. Ao todo, de Setembro a Dezembro, serão seis. “É a consequência de termos um público mais curioso, mais crítico e, sobretudo, mais exigente, no que respeita à diversidade do olhar…”, justifica o director Paulo Ribeiro.
«Terceira idade, uma comédia de guerra», do Teatro Praga (4 de Outubro); «Sangue na guerra / guelra / guerra», uma co-produção do Teatro Viriato e o Amarelo Silvestre, com textos de Fernando Giestas (11 de Outubro); o projecto «Vissaium», um espectáculo em trânsito pelas ruas da cidade, dirigido por Maria Gil (19 de Outubro); o solo criado por Tânia Carvalho para a bailarina Leonor Keil, integrado na mostra «New age, new time» (16 de Novembro); a «Criação em tempos difíceis» de Paulo Ribeiro (23 de Novembro); e «Fica no singelo» – título provisório -, uma coreografia de Clara Andermatt (13 e 14 de Dezembro), co-produzida pela Culturgest, Teatro Nacional de S. João e Teatro Viriato, são as estreias absolutas a apresentar ao longo do último quadrimestre do ano “para estimular um público que nos últimos anos se tem mostrado aberto a novas novidades”, e que têm em conta “não só os artistas como também a cidade de Viseu”.
“Antes fazíamos uma programação de gabardina, que nos resguardava dos pingos da chuva. Raramente arriscávamos em co-produções ou então arriscávamos em alguma que achávamos seguríssima por causa do artista implicado”, faz questão de sublinhar o director de programação do Teatro Viriato. Paulo Ribeiro dá como exemplo o «Vissaium», um projecto que percorre as ruas da cidade para descobrir pedras antigas, sítios arqueológicos ainda por escavar, e artefactos que contam histórias de um lugar que desde sempre foi partilhado por muitos povos que por aqui passaram, viveram e deixaram a sua marca.
Já em relação ao regresso da plataforma de dança «New age, new time», Paulo Ribeiro, justifica-o pela oportunidade de divulgação de “linguagens muito próprias dos coreógrafos portugueses – houve programadores que se deslocaram do estrangeiro para acompanhar esse trabalho –“ e pela forma como a população tem respondido a este minifestival.
Para além das seis estreias absolutas, ao longo dos próximos quatro meses, a programação do Teatro Viriato oferece ainda outros espectáculos de grande dimensão que se estendem pela música, teatro e dança, e que terão “uma representação das mais consequentes de que há memória. Não só pela dimensão dos projectos como, sobretudo, pela energia que transportam”.